quarta-feira, 20 de julho de 2011

O Conselheiro e o Remador

Postado por Graziela Lara às 4:58 AM
Era uma vez dois amigos que foram criados desde a infância juntos. Aprenderam a engatinhar, nadavam no rio, brincavam e faziam tudo que todos os meninos gostam de fazer juntos. Com o passar do tempo foram se distanciando, como acontece com todos os bons amigos ao saírem para a vida. 

O primeiro conseguiu descobrir o prazer em aprender. Assim, investia boa parte do seu tempo nessa atividade. Nos estudos e em tudo que fazia se determinava a aprender. Fixava-se em seu propósito, fazendo primeiro o que era preciso e depois no que queria. 

O segundo resolveu que não era preciso dedicar-se com tanto cuidado. Na escola passava, mas estudava pouco. Obedecia sempre sua voz interior, fazendo primeiro o que queria e, depois no pouco tempo que lhe sobrava o que realmente era preciso. 

Certo dia o reinado abriu concurso para prestadores de serviços do rei. Os dois amigos passaram. A sorte maior apareceu para o primeiro. Foi contratado como conselheiro do rei. Já o segundo conseguiu serviço como remador no navio da realeza. 

Um dia o rei e seus conselheiros embarcaram para uma viagem no mar. Falavam de negócios enquanto aproveitavam a brisa que soprava do mar. 

Enquanto isto, mais próximo da popa, os remadores suavam para fazer o navio seguir adiante. O remador vendo seu amigo de infância bem à vontade em companhia do rei. Ficou abalado e quanto mais pensava, mais furioso ficava. Ao anoitecer, já cansado de tanto remar não se conteve e começou a resmungar para outro amigo remador: 

Olhe aqueles inúteis. Intitulam-se conselheiros estratégicos, mas ficam à toa, jogando conversa fora. Por que é que temos que suar tanto para levar o navio deles adiante? Isto não é justo! Afinal, não somos filhos de Deus?" 
Ao ancorarem o navio para pernoitar. O remador foi acordado no meio da noite, por uma mão que lhe sacudia. Era o rei em pessoa e pediu: 

Há um barulho esquisito vindo daquela direção, apontando para a terra. Não consigo dormir, imaginando o que seja. Por favor, vá e descubra o que é. 
O remador pulou do navio e subiu para o alto de um morro. Voltou pouco depois com a informação 

Não é nada, Vossa Majestade. São alguns lenhadores cortando árvores, por isso tanto barulho na floresta. 
Remador, quanto lenhadores são? 
O remador não tinha se dado ao trabalho de olhar com mais cuidado. Pulou do navio. Nadou até a praia. Correu morro acima. Voltou. 

Vinte e um, Vossa Majestade. 
Remador, que tipo de árvore é? 
Ele esqueceu de reparar. Lá voltou e retornou 

Pinheiros, Vossa Majestade. 
Remador, por que estão cortando as árvores? 
Lá foi ele de novo 

Para vender, Vossa Majestade. 
Remador, quem é o dono das árvores? 
De novo ele teve que voltar 

Disseram que é um homem muito rico, Vossa Majestade. 
Remador, obrigado. Agora venha comigo, por favor. 
Os dois, o rei e o remador, foram até a proa do navio e o rei acordou o amigo de infância do remador. 

Conselheiro, há um barulho esquisito vindo daquela direção, apontou para a terra. Não consigo dormir, imaginando o que seja. Por favor, vá e descubra o que é. 
O Conselheiro desapareceu rumo a terra e voltou pouco depois. 

É uma equipe de lenhadores, Vossa Majestade. 
Conselheiro, quantos são? 
Vinte e um, Majestade. 
Conselheiro, que tipo de árvore é? 
São pinheiros, Majestade. Excelentes para construir casas. 
Conselheiro, por que estão cortando as árvores? 
Para negociar, Majestade. O reflorestamento de pinheiros é do prefeito do vilarejo. Ele realiza o corte a cada dois anos. O corte é autorizado, me mostrou o ofício. Ele pede desculpas pelo barulho e convida a Vossa Majestade para o café da manhã, que será preparado especialmente para recebê-lo, Majestade. 
O rei olhou para o remador 

Remador, ouvi seus resmungos. Sim, todos nós somos filhos de Deus. Mas todos os filhos de Deus têm seu trabalho para executar. Precisei mandá-lo 4 vezes à terra para obter respostas. Meu conselheiro foi uma vez só. E é por isso que ele é meu conselheiro estratégico, e você fica com os remos do navio...
Moral da Estória: 
Esta estória mostra duas pessoas realizando a mesma tarefa, porém com resultados bem diferentes. Tal diferença está no comportamento, nas atitudes profissionais. 

Hoje é necessário adotar atitudes profissionais estratégicas, que mostrem o quanto se esta preparado para: lidar com mudanças; gerar soluções com criatividade; correr riscos e ser persistente ao enfrentar obstáculos; criar automotivação e autotreinamento para estar sempre atualizado; ter coerência e lógica mostrando sua capacidade profissional, e, ter sensibilidade e intuição pelo que se esta realizando é o correto. 
" Pelas suas atitudes, pessoais ou profissionais, é possível determinar o quão longe você quer chegar na sua vida " 

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